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- Redação
- 25 de out. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 5 de nov. de 2024
Recentemente, a cúpula do BRICS, realizada em Kazan, na Rússia, trouxe à tona movimentos significativos para o bloco econômico que reúnem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Entre os principais avanços discutidos está a inclusão de 13 novos países na categoria de “parceiros”, incluindo Turquia, Indonésia, Belarus, e Nigéria, em uma expansão que visa fortalecer a coalizão como um polo econômico e, potencialmente, uma força geopolítica. Sob uma ótica liberal, essa expansão traz novas dinâmicas que transformam o BRICS em um desafio direto ao G7 e à OTAN, impactando a ordem econômica e militar global.
O G7, composto por economias avançadas como Estados Unidos, Japão e Alemanha, tem dominado a agenda econômica global, priorizando valores de mercado e políticas liberais. Entretanto, a expansão do BRICS sugere um contraponto ao poder econômico do G7. Na teoria econômica liberal, a ampliação do BRICS promove maior competição econômica ao diversificar os polos de poder global, desafiando monopólios e oferecendo mais alternativas de mercado. Com a integração de países emergentes e em desenvolvimento, o BRICS acumula uma representatividade econômica significativa, fornecendo tanto recursos naturais quanto uma vasta população consumidora e potencial de produção.
O G7, composto por economias avançadas como Estados Unidos, Japão e Alemanha, tem dominado a agenda econômica global, priorizando valores de mercado e políticas liberais. Entretanto, a expansão do BRICS sugere um contraponto ao poder econômico do G7. Na teoria econômica liberal, a ampliação do BRICS promove maior competição econômica ao diversificar os polos de poder global, desafiando monopólios e oferecendo mais alternativas de mercado. Com a integração de países emergentes e em desenvolvimento, o BRICS acumula uma representatividade econômica significativa, fornecendo tanto recursos naturais quanto uma vasta população consumidora e potencial de produção.
O fortalecimento do BRICS, inclusive com a entrada de parceiros sem direito a voto pleno, como Turquia e Indonésia, representa um avanço estratégico para a liberalização do mercado de energia, manufaturas e infraestrutura. Ao se expandir, o BRICS coloca-se como um fórum mais acessível para negociações multilaterais, menos restrito que instituições tradicionais e mais próximo de uma visão descentralizadora, que agrada economistas liberais. Isso cria oportunidades para países historicamente à margem das negociações globais, aumentando a competitividade entre mercados e oferecendo maior acesso a investimentos diretos.
Dessa forma, a formação de um BRICS ampliado incentiva um cenário de globalização mais plural, beneficiando economias emergentes e criando maior acessibilidade aos investimentos globais. Ao reduzir barreiras comerciais e promover a livre circulação de capitais entre seus membros, o BRICS amplia a resiliência de suas economias frente à volatilidade financeira, fornecendo uma estrutura alternativa que incentiva a inovação e o livre mercado.
Com os avanços recentes, o BRICS caminha para se tornar um competidor econômico relevante frente ao G7 e uma opção militar indireta que contrabalança a OTAN. Essa nova realidade pode representar uma reestruturação do sistema econômico e político internacional, com um bloco que defende políticas de livre mercado e competição, mas sem a necessidade de submissão à hegemonia do Ocidente. Com a entrada de novos países como “parceiros”, o BRICS pode pavimentar o caminho para uma ordem econômica mais inclusiva, promovendo políticas liberais em benefício da pluralidade e da inovação global.
Um BRICS mais robusto também pode alterar a dinâmica comercial global. Países membros, como a Índia e a China, detêm uma grande fatia da produção industrial, enquanto outros parceiros, como Nigéria e Argélia, oferecem recursos naturais estratégicos. Com isso, o BRICS possui potencial para disputar diretamente com o G7 pela liderança em setores-chave, desafiando a hegemonia do Ocidente em acordos de comércio e influenciando o preço de commodities e bens industrializados.
Embora o BRICS não seja uma aliança militar formal, alguns analistas enxergam o bloco como uma futura alternativa estratégica que pode representar uma força de contrapeso ao poder da OTAN. Sob o contexto da teoria liberal, a criação de um contrapeso é vista como um fator que pode promover a paz, ao descentralizar a autoridade militar global. A Rússia e a China, já reconhecidas como potências nucleares e com influência militar, podem levar o bloco a fortalecer sua capacidade defensiva regional e atuar como uma barreira estratégica ao expansionismo militar ocidental.
Se o BRICS for capaz de estabelecer acordos de segurança regional entre seus membros e parceiros, a formação de um contrapeso militar à OTAN pode ser viável. Essa perspectiva apresenta uma rede de segurança que beneficia economias emergentes, diminuindo sua dependência dos EUA e da Europa. Além disso, o fortalecimento do BRICS como uma aliança militar informal, que preza por uma multipolaridade na tomada de decisões globais, gera um efeito estabilizador em economias menores, que não precisariam se alinhar exclusivamente com um bloco dominante.
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